Lançamento da versão 12.1 do OpenSuse

Depois de 8 meses de espera quarta-feira é o lançamento do OpenSuse 12.1!

Mas antes de mostrar a nova versão, vou falar um pouco sobre as mudanças que ocorreram na estrutura numérica para as novas versões.

Foi aberta uma votação para que se decidisse sobre o novo método de numeração para as versões do OpenSuse, entre os estilos sugeridos temos os de algumas distros conhecidas como o Fedora (estilo de número inteiro como o Fedora 14 ou o Fedora 15), o Ubuntu (estilo em que o número da versão reflete a data de lançamento como o Ubuntu 11,04 para significar o Ubuntu lançado em abril de 2011) e o Mandriva (estilo que usa o ano como referência acrescido de uma sequência numérica, como Mandriva 2.010,2, ou seja, o segundo lançamento em 2010).

Com base na idéia de de manter números consecutivos, a sugestão eleita foi a “old school”, assim como já é adotado mas com a eliminação da versão 0.0 e liberação de novas versões a cada 3 meses.

Assim, os próximos quatro lançamentos serão:

Novembro 2011: openSUSE 12,1
Julho 2012: openSUSE 12,2
Março 2013: openSUSE 12,3
Novembro 2013: openSUSE 13,1

O resultado da votação pode ser visto aqui:
http://www.surveymonkey.com

Agora chega blá bla blá e vamos ao que interessa!!! \o/

Pra quem gosta, o OpenSuse virá com a versão 3.2 do GNOME, com grandes melhorias no Nautilus no que se trata de gerenciamento e pré-visualização de documentos. E para os que utilizam o KDE, como eu, vão poder desfrutar da versão 4.7. Outra alteração importante é a remoção do KPackageKit, simplificando assim a instalação de remoção de aplicativos. O projeto para Tablet ainda não fará parte da versão 21.1 mas a comunidade do KDE está trabalhando duro para disponibilizá-la na próxima release.
Nos outros WM existentes XFCE e LXDE, não houveram mudanças significativas, mas apenas melhorias.

Visualmente um sistema lindo, mas e por dentro?
-> O OpenSuse 12.1 promete inicializar mais rápido, com melhorias no gerenciamento de hardware e configuração do sistema.
-> A inicialização agora é gerenciada pelo systemd (para os apreciadores do sysvinit, ele ainda estará disponível como backup).
-> O Yast (gerenciador de pacotes) quer definitivamente por a baixo o mito de que é mais lento e que de sobrecreve acidentalmente arquivos que foram modificados pelos usuário o que é a pura verdade em suas primeiras versões 😛.
-> O SAX faz seu retorno na forma de SAX3, um projeto openSUSE GSOC ahhh que saudade do sax!!.
-> O Kernel Linux 3.1 tras melhorias de desempenho para gerenciamento de memória e manipulação de dados. E claro, suporte a novos hardwares, incluindo dispositivos externos como Kinect da Microsoft e do controlador de Nintendo Wii, bem como a uma variedade de placas wireless e de vídeo.
-> Google GO, syslog-ng 3.3, GCC 4.6 e LLVM v3…

Isso é só um pouquinho das grandes mudanças do OpenSuse 12.1, muitas outras podem ser vistas aqui: http://en.opensuse.org/Product_highlights

A partir do dia 16/11, já vou baixar e colocar à prova essas novidades e tudo de bom ou ruim que encontrar compartilharei com vocês!

Abraços. 🙂

Fonte:
http://en.opensuse.org/Main_Page
http://lizards.opensuse.org/2011/04/06/versionitis/
http://ostatic.com/blog/future-opensuse-versioning-decided

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Extraindo textos a partir de imagens

Realizando um atendimento (quem lê até pensa que sou médica rs) me deparei com um problema, tinha que converter um arquivo pdf de 29 páginas para texto, até aí blz, bastava usar um:

$ pdf2text

e pronto, textos a partir do pdf em instantes.

Mas por que facilitar se podemos complicar, né!
O resultado desse comando gerava infomações lixo que não batiam com o conteúdo do pdf.

Tentando de novo, só que agora com outro tipo de arquivo de saída:

$ pdf2html

e… BINGO!! Esse pdf foi gerado a partir de várias imagens organizadas e “linkadas” num index.html. Agora tenho um arquivo html e 29 arquivos PNG.
Mas não resolvi meu problema, cadê os textos?

Vamos à “mágica”!!

OCR é um acrónimo para o inglês Optical Character Recognition, uma tecnologia para reconhecer caracteres a partir de um arquivo de imagem, ou mapa de bits. Através do OCR é possível digitalizar uma folha de texto impresso e obter um arquivo de texto editável.
Fonte: Wikipédia

O que temos nos repositórios do OpenSuse que pode nos ajudar…

anjos:~ # zypper search ocr
Loading repository data...
Reading installed packages...

S | Name        | Summary                                                   | Type   
--+-------------+-----------------------------------------------------------+--------
  | gocr        | Optical Character Recognition                             | package
  | gocr-gui    | Optical Character Recognition - Basic Graphical Interface | package
  | ocrad       | GNU Ocrad--Optical Character Recognition Program          | package
  | ocrad-devel | Development files for GNU ocrad                           | package

Vamos instalar o gocr.

anjos:~ # zypper install gocr
Loading repository data...
Reading installed packages...
Resolving package dependencies...

The following NEW packages are going to be installed:
  gocr gocr-gui 

2 new packages to install.
Overall download size: 377.0 KiB. After the operation, additional 912.0 KiB will be used.
Continue? [y/n/?] (y): y
Retrieving package gocr-0.48-6.4.x86_64 (1/2), 364.0 KiB (895.0 KiB unpacked)
Retrieving: gocr-0.48-6.4.x86_64.rpm [done (68.6 KiB/s)]
Retrieving package gocr-gui-0.48-6.4.x86_64 (2/2), 13.0 KiB (17.0 KiB unpacked)
Retrieving: gocr-gui-0.48-6.4.x86_64.rpm [done]
Installing: gocr-0.48-6.4 [done]
Installing: gocr-gui-0.48-6.4 [done]

Prontinho.
Agora é só testar.

A interface do programa não é das mais atrativas, mas é funcional.

Aqui é bem simples, basta escolher o arquivo de imagem e clicar em “Run it”. Depois é só salvar o resultado num txt no menu File -> Save output.

Problema resolvido né! Quase…
Imagina ter que gerar o txt de 29 imagens. Por que não otimizar?

T=1;
for A in NACERP0102*.png
do
  if [ -f $A ] ; 
  then
    gocr -i NACERP0102-$T.png -o NACERP0102-$T.txt
  fi

T=$(($T+1));
done

Obs.: Quem deu uma força gerando o script foi meu amigo Cláudio Miranda.

Missão cumprida e usuário feliz. o/

Abraços. 😀

3º ETS – Encontro de Tecnologia Simonsen

No último sábado, dia 05/11, passei o dia em Padre Miguel, bairro muito conhecido por sua escola de samba, Mocidade Independente de Padre Miguel aliás, minha escola de samba do coração,* e aqui fica localizada a Faculdade Simonsen. Já visitei a Simonsen em outras circunstâncias (colegas graduandos) mas para um evento de tecnologia, essa foi a minha primeira vez.

3º ETS – Encontro de Tecnologia Simonsen

Assim que cheguei já senti um clima bacana, os organizadores muito animados e confiantes de que seria um ótimo evento (e foi!).

Com um certo atraso devido à dificuldade na liberação da credencial para os participantes, enfim o evento começa.

Pois bem, procurei os eventos mais focados em redes e segurança e o primeiro deles foi o Workshop de Pen Test com o Oscar Marques.

Ótima explicação sobre as técnicas e ferramentas de invasão e defesa. Tínhamos a nossa disposição instalado das máquinas o Backtrack, ou seja, a oportunidade para muitos ali de mexer pela primeira vez com port scanners, snnifers e etc. Infelizmente a maioria não tinha a menor noção de como mexer no Linux, o que dificultou um pouco o andamento e acredito que tenha limitado um pouco o aprofundamento no tema, mas vi que todos saíram ainda mais interessados no assunto.
Download Backtrack Linux – Penetration Testing Distribution

Assim que acabou fui tão rapidinho para a próxima palestra que consegui pegar uma boa parte da apresentação do Zeno Rocha sobre HTML5. Já havia assistido essa palestra no FSLDC, pelo menos foi o que pensei. Com uma palestra remodelada e cheia de novidades, pude ver novas funcionalidades muito atrativas para os que trabalham na área de programação para web.

Uma das coisas que me chamou a atenção foi uma animação bacana feita em CSS, o desenho em si ficou simples, eu sei, mas só pelo fato de não se utilizar Flash já deixou o vídeo bem rápido e na minha opinião muito criativo. Sem falar que adoro homem-aranha. 😉
Spiderman – Look Ma, no Flash!

Uma pausa para um flagra!!!
Olha só o Oscar Marques revisando a sua apresentação “PHP for Android” para o PHP’n RIO. Essa não tinha como não registrar, né!

Pra quem queria muita ação e pouco papo ta aí a palestra perfeita. Marcos Pitanga com “A arte do hacking ético”, nada de slides, apenas máquinas virtuais e muitas demonstrações. Utilizando diversas ferramentas vimos por exemplo, as senhas do /etc/passwd serem mostradas em texto puro com o auxílio do John (John the Ripper) e a invasão a um sistema Windows aproveitando a falha de segurança de uma das versões do Acrobat Reader 9.

E depois de passar a semana batendo a cabeça pra colocar o GingerBread no meu celular (Xperia mini pro) por que não assistir uma palestra de Android? Aproveitei pra trocar umas idéias com o Oscar antes da sua palestra sobre “Google Android, visão geral”. Uma viagem sobre a história, conceitos, aplicativos, novas ROMs e segurança.

Posso puxar sardinha pro meu lado? Posso? rs
Quando o Oscar comentou sobre as formas de se atualizar o Android num celular, fui surpreendida com o comentário sobre o meu recente esforço em colocar “na mão” o Android 2.3.7 no meu Sony. Felicidade foi pouco pra descrever o que senti. 😀

A palestra seguinte foi sobre um tema muito interessante, “Obsolecência Programada e Software Livre” com Rodrigo Graça. Ouvimos um pouco sobre a utilização do Software Livre na área de imagem e video, reaproveitamento de equipamentos considerados “lixos” eletrônicos e direitos autorais. Durante a apresentação, Rodrigo Graça mostra como mantém sua empresa utilizando somente ferramentas livres para criação de comerciais, propagandas e filmes como a mesma qualidade final das soluções proprietárias.

Para quem ficou curioso pra ver os trabalhos, ta aqui o site e olha que legal, todos os videos estão sob licença Creative Commons. 🙂
www.ricolandia.com

E por último mas não menos importante temos a palestra do Filipe Barros, aliás sua estréia como palestrante e já começou com o pé direito.
Com o tema “Entendendo e Explorando Falhas de Segurança” mais uma vez vimos as facetas do Backtrack.

Com o foco voltado para as vulnerabilidades web, Filipe Barros nos mostrou ao vivo como se aproveitar de falhas no PHP (oriundas de descuidos do desenvolvedor) para executar exploits, falhas em widgets do WordPress e numa das versões do Proftpd.

Ufa, quanta coisa pra um dia!!
Foi um ótimo evento, com palestras de alto nível só ultrapassaram um pouco os horários. Valeu e MUITO a pena ter vindo e espero voltar ano que vem!

*Um trechinho off-tópic: Vou contar uma breve historia pra vocês sobre a minha paixão pela Mocidade. Em 1997, ao ver uma alegoria que na época foi considerada uma revolução tecnológica: um garoto jogando videogame, com telas de televisão no lugar das lentes dos óculos, fiquei completamente vidrada, e dali em diante com a sequência de enredos voltados para essa área, foi meu primeiro “estalo” de que a tecnologia me atraia.
Hoje trabalho com muito orgulho na área e posso dizer que foi um sonho de criança que virou realidade…

Abraços. 😉